O meu pior inimigo: Eu
Vivemos em sociedade; compartilhamos informações pessoais, notícias, fotos e todos os fatos que pensamos ser relevantes. As redes sociais têm o poder de nos fazer sentir contemplado. É estranho pensar como o número de “curtidas”, “likes” pode nos gerar sentimento de prazer. Criamos expectativas com base em posts; queremos ser vistos, notados e comentados. Convivemos em uma era tecnológica, e estamos cada vez mais sós. A internet vai no sentindo oposto, e é através da sensação proporcionada de proximidade com as pessoas que estão conectadas na rede temos o sentimento de realmente não estarmos sozinhos. Podemos nos relacionar com pessoas de regiões nunca antes imaginada. Entretanto, nos apoiamos nessa dinâmica de interação, na velocidade que as coisas acontecem dentro da rede. A vida fora dela segue outro ritmo bem mais lento, e não possui toda a “grandiosidade”. O sentimento gerado pelo sentimento de pertencimento, por se sentir contemplado pelos amigos da rede, de um grupo que fazemos parte é entorpecente. Sejamos claros, somos hedonistas e estamos constantemente na busca pelo prazer. Ocorre que nessa relação virtual criamos expectativas internas e que estão totalmente dependentes de outras, os quais muitas vezes só estão presentes nas redes, e nem se quer realmente sabemos se são reais. Quando postamos algo na rede, estamos tendo uma ação social em que esperamos a reação do interlocutor virtual. A quebra dessa dinâmica escancara que de fato muitas vezes estamos sós. Buscamos a rede para saciar demandas criadas por nós, e que não podem ser alcançadas. Fica a questão: como na atual sociedade onde a autonomia é exacerbada ainda somos tão dependentes do outro ao ponto de usarmos a rede para não nos sentirmos sozinhos?
19 de fevereiro de 2018 at 21:06
Penso que o bom senso, o domínio próprio, e a temperança, devem fazer parte de nossa dinâmica secular, assim, os excessos e suas overdoses de dependência da tecnologia, ficarão longínquos de nossas preciosas vidas…
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20 de fevereiro de 2018 at 00:21
Muitos na verdade ficam buscando culpados por problemas inimizades enfim…Sendo que somos nós que bloqueamos o nosso próprio sucesso…
http://www.robsondemorais.blogspot.com.br
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20 de fevereiro de 2018 at 03:11
Genial, parabéns pelo texto. Também concordo que nosso pior inimigo somos nós mesmo.
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20 de fevereiro de 2018 at 19:42
Parabéns pelo texto, é realmente a verdadeira realidade de hoje em dia…
Nunca sabemos o que realmente somos capazes de fazer…
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20 de fevereiro de 2018 at 20:03
Olá!
Ótimo texto. Muda-se o recurso, mas não o resultado. Precisamos rever muita coisa sobre nós mesmos…
Abraço!
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21 de fevereiro de 2018 at 12:04
Oi, tudo bem?
Que texto instigante. Amei a temática e gostei bastante da sua escrita, um português de nível muito bom.
Falando do texto, acredito que atualmente somos ainda mais dependentes do que nos tempos de nossos avós. As redes sociais como um todos está cada vez mais deixando as pessoas dependentes de alguma coisa e que se não for de um outro alguém para supostamente aplaudir tudo de “maravilhoso” que fazemos, somos dependentes das próprias redes sociais, conheço pessoas que não sobreviveriam a um dia sem internet e isso chega a ser preocupante.
Abraços!
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21 de fevereiro de 2018 at 19:28
Ótima reflexão. Quando paramos pra pensar que a culpabilidade geralmente está liga às nossas ações e não do próximo, nos deparamos com um inimigo perigoso no espelho.
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21 de fevereiro de 2018 at 19:44
Olá! Tudo bom?
Excelente texto, muito intrigante.
Gosto desse estilo de escrita sua, um pouco dramática , mas me agrada de mais, gostei disso o meu maior inimigo: eu.
Beijos, Joyce de Freitas.
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21 de fevereiro de 2018 at 20:43
Oi Rodrigo, tudo bem?
Também acredito que o nosso maior inimigo seja nós mesmos, que não sabemos nos portar e agir em determinadas situações. É realmente impossível viver sozinho, as pessoas abominam esta ideia piamente. Adorei seu texto, como sempre espetacular!
Beijos!
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21 de fevereiro de 2018 at 23:34
Cara, eu penso nisso praticamente todos os dias. É impressionante como a gente faz tudo pensando no que o outro vai achar, isso é muito aprisionador e estou tentando me desconstruir disso! Bacana demais você trazer algo sobre isso, abraços!
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6 de março de 2018 at 20:11
Perdemos o sentido do privado/publico e muitas vezes escrevemos informações que é usado contra nós por isso tantos golpes… Nossas vidas estão expostas para trocas de likes é bastante assustador essa era tecnológica.
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6 de março de 2018 at 23:23
Adorei o texto e vou compartilhar na rede
Social.Um dos melhores textos sobre nossa dependência das redes sociais.Infelizmente é o nosso mundo contemporâneo!!
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