-Não corra, Forest. Não corra!

A nossa trajetória é marcada pela busca. Desde os primeiros dias de nossas vidas as metas já fazem parte de nossa vida social, e nesse momento os objetivos são levados por nossos pais. O início é a busca pelos primeiros passos, depois as primeiras palavras e assim por diante. Sempre estamos correndo atrás de algo, e depois que chegamos ao nosso objetivo focamos em outro mais distante ainda. Ocorre que hoje mantemos esse padrão de comportamento, mas agora os objetivos a serem alcançados são bens materiais supérfluos e que nos encantam com o seu fetiche. Acreditamos piamente que ao atingir determinada meta encontraremos a felicidade plena, que comprar determinado item será o nosso Emplasto Brás Cubas resolvendo todas as nossas mazelas trazendo com ele a felicidade plena. O sabor da conquista é totalmente compreensivo, mas ao depositarmos toda nossa energia no resultado final nos esquecemos do processo que antecede. É o caso do atleta que fica pensando em como será desempenho em uma prova que tem grande importância para si. Ele sonhou com aquele momento, imagina-se na prova, e esquece que para ocorrer tudo o que deseja é necessário treinar (processo) dia após dia para só depois realizar seus anseios na participação da prova (resultado). O fim é resultado do empenho e dedicação durante o processo. Entretanto, é natural do nosso comportamento nessa sociedade contemporânea a busca pelo rápido resultado, e esse comportamento efêmero permeia todo o nosso comportamento humano. Temos a gana da rápida ascensão no mundo do trabalho; achamos que dedicar quatro anos para uma graduação é tempo demais; queremos tudo para ontem e não nos damos conta que não conseguimos aproveitar nossas próprias ações por conta do ritmo que seguimos e que não questionamos. Afinal, qual a necessidade de termos tanta pressa?