Você vai. As marcas ficam.
Relacionamos-nos diariamente com pessoas de forma real ou virtual. Algumas criamos vínculos, sentimentos e trocamos experiências. Mas nem sempre as relações são duradouras. Na era das relações efêmeras, quando pensamos que será duradouro, a vida nos prega uma peça e o destino nos separam daquela pessoa que estamos gestando um sentimento. Mas a distancia e até mesmo a falta de contato não apaga a marca que ela deixou. E nesse ponto é que sofremos, pois se a marca é boa sofremos pela saudade, relembramos da pessoa em situações do dia a dia, stalkeamos as redes sociais na busca por uma notícia, foto ou algo que possa saciar a nossa vontade. Se a marca é ruim sofremos por relembrar do trauma, podemos ficar remoendo, relembrando momentos, pensando em “n” possibilidades daquilo que poderia ser diferente e no fundo só estamos causando a nossa dor. Somos torturados em um trabalho conjunto da mente que traz à tona as lembranças e pelo coração que a cada lembrança nos faz sentir novamente o sentimento por alguém que não temos mais. Não somos somente vitimas nessa relação, também somos capazes de deixar marcas. Cada um lida com sua própria dor, e cada um tem o direito de se achar “o maior sofredor do mundo”.
18 de setembro de 2017 at 17:30
Realmente somos capazes tanto de sentir a dor, quanto de provocá-la.
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18 de setembro de 2017 at 21:09
Nunca um texto foi tão real. A era da internet a gente se apega muito fácil, temos os ideais de um par perfeito, e duradouro e quando isso não é, a cosia fica bem complicada, as doenças “dos sentimentos” é uma prova disso, ansiedade não tem a ver apenas com stress, mas é um emocional abalado que na maioria das vezes causa isso.
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19 de setembro de 2017 at 16:23
Às vezes acho que nos apaixonamos mais pela saudade do que pela presença. O não ter é tão romantizado que secretamente e inconscientemente incentivamos ainda mais o sentimento.
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19 de setembro de 2017 at 21:06
Rodrigo, que texto lindo. Delicado, sensível e verdadeiro. É interessante que o desejo de permanência — assim como a sensação de que as coisas não são para sempre, que “o pra sempre sempre acaba” e que “tudo que é sólido se desmancha no ar” — atravessa a própria experiência humana. Os encontros e o olhar do Outro nos conforma. Seja em qualquer um dos tipos de amor existente: (que os gregos dividiam em eros, ágape ou philos)…
Abraços!
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20 de setembro de 2017 at 15:37
Olá
Que texto mais verdadeiro e é em incrível como as coisas nos marcam e a gente fica doido só depois percebemos que não há razão para tudo aquilo e isso pode causar danos tanto emocionais quanto a amizades que podem ser comprometidas por mal entendidos da internet
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20 de setembro de 2017 at 23:11
Ai, que texto! Enquanto lia, só conseguia pensar em pessoas que eu acabei afastando da minha vida. E por razões ruins.
É como você pontuou, penso no que poderia ter sido diferente, como outro caminho poderia ser tomado… é tão complicado.
Mas é a vida.
Adorei o texto, parabéns.
https://almde50tons.wordpress.com
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22 de setembro de 2017 at 19:44
Vivemos um tempo em que as pessoas estabelecem relações com a maior facilidade, independentemente da distância. Mas ao mesmo tempo, os vínculos se rompem com muita facilidade. Para alguns de nós isso é muito sofrido mesmo. Lindo texto, parabéns!
Tatiana
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4 de dezembro de 2017 at 00:44
Só li verdades!
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