Afogando no mar de informações.
A produção de informação está em patamar nunca antes visto na história da humanidade. Todos são capazes de produzir informação e transmiti-las através das redes sociais. Ocorre que a era da informação não resulta na geração de cidadãos bem informados e conscientes. A grande oferta de informações, verdadeiras e falsas, inunda a nossa vida e faz com que as consumimos sem distingui-las. Falta empatia de nossa parte para compreender os motivos que levaram a outra pessoa a agir e pensar daquela maneira. Nos sobra egoísmo para nos convencermos de que estamos certos e de que aqueles que divergem de nós estão redondamente enganados e por isso merecem ser punidos. Refletindo a luz das discussões que são travadas cotidianamente, as informações são como verdadeiras espadas embainhadas num duelo. O contraditório, é que hoje o diálogo construtivo é sufocado pelas discussões e pelo nosso medo de sermos contraditos, “ficarmos por baixo”. Na discussão há a busca pelo vencedor, mas na conversa não há um vencedor. A ideia de expor seu ponto de vista de maneira respeitosa e ouvir seu interlocutor é de fazer com que ambos saiam com seus pontos de vista fortalecidos ou que repensem sua posição. Assim, no diálogo, é possível a conversa entre posições diametralmente opostas e não há o receio. A internet através das redes sociais é espaço igualitário para expor ideias e aglutinar indivíduos que compartilham do mesmo ponto de vista, mas o comportamento de internautas reproduz a lógica bélica. Os argumentos na busca pela vitória não são medidos e a defesa pela liberdade de expressão é utilizada para justificar atos de barbaridade. Evoluímos constantemente, mas ao invés de superar nossas diferenças nós estamos indo para lado oposto e nos segregando cada vez mais.
12 de agosto de 2017 at 16:01
Estou plenamente de acordo com o seu ponto de vista. Adorei o artigo 😊😊
CurtirCurtir
13 de agosto de 2017 at 23:22
Oiê! Acho que se você for bom em lembrar nomes, vai saber que eu sempre falo isso, mas amo seus textos. E esse achei muuuuuito pertinente. Eu tenho falado muito sobre isso. As pessoas acham que a internet é terra de ninguém. É horrível saber que as pessoas tenham uma fonte de informações maravilhosas nas mãos, mas desperdiçam isso. Mas tenho fé que iremos recuperar a empatia e as coisas irão melhorar.
Parabéns pelo texto, beijos.
https://almde50tons.wordpress.com
CurtirCurtir
14 de agosto de 2017 at 01:43
Eis uma grande verdade. É tanta informação, verdadeira ou falsa, que estamos cada vez mais nos afogando nelas. E daí vira uma grande luta por estar mais certo que todos os outros.
Muito bom o texto, amei a reflexão.
CurtirCurtido por 1 pessoa
14 de agosto de 2017 at 17:27
Adorei seu texto e concordo com você. Hoje as pessoas tem dificuldade de aceitar uma opinião divergente, e fazem disso um motivo para ignorar, excluir e por vezes ofender as pessoas que pensam diferentes.
Beijos!
CurtirCurtir
14 de agosto de 2017 at 19:51
Concordo completamente! Super pertinente essa questão. Ultimamente (infelizmente) não é mais possível termos uma roda de conversa, mesmo que virtual, sem os ânimos se exaltarem ou um querendo fazer a sua palavra/informação/conteúdo valer mais do que o do outro ou então tendo o seu ponto de vista como absoluto…
CurtirCurtir
14 de agosto de 2017 at 19:54
Parabéns pelo texto. O que mais temos visto na internet hoje são pessoas intolerantes e que não aceitam opiniões alheias, vejo muita gente excluindo “amigos” das suas redes sociais porque não tem o mesmo partido politico. Pessoas intolerantes que querem impor suas opiniões. Ta cada dia mais difícil viver no meio virtual.
CurtirCurtir
15 de agosto de 2017 at 14:36
Achei o texto super interessante e de uma verdade preocupante. Sinto que não nos importamos mais que tipo de informação estamos gerando, queremos apenas que elas aconteçam…
CurtirCurtir
15 de agosto de 2017 at 21:07
Eu estou de acordo contigo
CurtirCurtir
15 de agosto de 2017 at 22:03
Eis uma grande verdade. Estou completamente de acordo com a sua opinião 🙂
CurtirCurtir
15 de agosto de 2017 at 22:41
Concordo plenamente com seu artigo que por sinal, gostei demais! É até preocupante que estamos cada vez mais virando refém dos meios de comunicação!
CurtirCurtido por 1 pessoa
16 de agosto de 2017 at 09:57
Oi, Rodrigo, gostei muito desse seu texto. Quando vi a temática dele, lá no grupo, tinha certeza de que gostaria. Há um tempo atrás, quando eu estudava Comunicação Social (lá pelos idos de 2000 ou 2001) e a internet ainda não dava tanto a ver no que se tornaria em pouco tempo, fiz uma pesquisa sobre os desafios do excesso de informação. Durante a pesquisa, me deparei com um dado de que nunca me esquecerei: o de que num único exemplar de domingo do New York Times tinha mais informações do que um homem letrado teria acesso por toda sua vida, durante o renascimento. 😮
Acho curioso que a proliferação de fontes e potenciais emissores fez aumentar os nichos de opinião e, até agora, parece ter dificultado bastante as possibilidades de diálogo. Acho que o fenômeno da bolha de opinião, que as redes sociais proporcionam. dificulta a tarefa, que já não é fácil, de entrar em contato com divergências. Como sair disso? Ou antes, é possível sair disso? Essa pergunta não cessa de demandar respostas…
Abraços!
CurtirCurtir
16 de agosto de 2017 at 10:01
Só mais uma coisa! Gostei muito do seu comentário lá em meu blog! 🙂
CurtirCurtir
16 de agosto de 2017 at 15:37
Olá, Teofilo
Eu também já tinha visto o dado que você citou. Se não me engano foi quando eu li a Vida para consumo do Bauman Não sei se você já leu essa obra, mas se não leu, eu recomendo fortemente.
Sobre o comentário em seu blog, eu fico admirado com a capacidade de produzir algo tão subjetivo e gostaria de dar os parabéns a você.
CurtirCurtir
22 de agosto de 2017 at 10:29
Oi!
Excelente post!
Realmente hoje temos tanta informação circulando na internet que muitas vezes nos afogamos, acreditamos em notícias falsas, espalhamos aquelas que não completamente o oposto da verdade.
A internet é uma benção, mas ao mesmo tempo uma maldição quando usada de maneira incorreta
CurtirCurtir