Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido.
A frase que dá título ao texto é oriunda da música Era uma vez da cantora brasileira Kell Smith. Ouvindo a música essa frase chamou a atenção, e fez refletir sobre a infância e a vida adulta. Não importa a idade, a dor está presente. Entretanto, na infância sentimos a dor física de um joelho ralado, de um dedo do pé machucado ao tentar chutar a bola na casa da vizinha descalço ou por um brinquedo quebrado, uma pipa perdida. Naquele momento a dor física se mostra pesada, capaz de arrancar lágrimas e berros. Quando crescemos e conhecemos outros sentimentos, nos deparamos com a dor subjetiva. O conflito de interesses, relacionamentos, discussões e violências simbólicas passam a serem sentidos. Crescemos, deixamos de ser crianças, enfrentamos o mundo do trabalho e continuamos convivendo com a dor. No convívio social somos capazes de sofrer e também de magoar profundamente. As nossas atitudes podem ser muito mais doloridas do que joelho ralado. A nossa forma de agir, por mais racional que seja, é capaz de ferir os outros e a nós mesmos, mas nem sempre percebemos. Nos enchemos de soberba para justificar nossa atitude e desqualificar a ação dos outros. No fundo, a nossa ação busca a autoproteção no sentido de evitar a dor. Mantemos comportamento hedonista e egoísta tentando satisfazer nossos anseios. Somos adultos fortes fisicamente, mas fracos emocionalmente e que sentem mais dores do que quando éramos crianças.
Link para a música no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=xJNKT9HAXRc
15 de julho de 2017 at 18:28
Linda reflexão!
A leitura me fez lembrar de um texto bíblico onde Jesus enfatiza que para ganharmos o céu, precisamos ser como as crianças, pois são puras, inocentes e verdadeiras. As marcas de quedas, são lembranças boas. Já as cicatrizes do mundo adulto causam lesões na alma, as quais trarão doenças que poderão culminar em óbito se não diagnosticadas e posteriormente perdoadas.
Com outra frase bíblica concluo minha fala : “No que depender de vós tende paz com todos “.
Abraços e parabéns Rodrigo!
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15 de julho de 2017 at 18:39
Porque o joelho ralado é dor física, tomando um remédio passa. Mas a dor de um coração partido é na alma, o único “remédio”é o tempo.
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16 de julho de 2017 at 23:41
Gostei bastante da sua reflexão, sempre penso nisso…
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17 de julho de 2017 at 20:40
Reflexão profunda. Acho que no fundo todos nós temos uma pequena vontade de voltar a ser criança justamente por isso: para não sofrer tanto com as dores.
Um abraço!
http://livrosamoremais.blogspot.com.br/
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17 de julho de 2017 at 23:17
Oi Rodrigo!!
Que texto mais lindo. Eu nunca tinha feito essa comparação, mas faz muito sentido. Além da diferença entre elas tem os momentos diferentes. Quando crianças realmente a dor num joelho ralado talvez seja a maior dor que sentiremos, mas quando nos tornamos adultos percebemos que existem muitas dores maiores.
Bjs
https://almde50tons.wordpress.com/
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17 de julho de 2017 at 23:42
Oi, tudo bem?
Concordo plenamente com a sua reflexão. Realmente, é incrível como uma dor física nem se compara a intensidade de uma dor emocional. O coração dói sempre mais do que qualquer outra coisa, e é o machucado que mais demora a se curar.
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18 de julho de 2017 at 20:31
ótima reflexão. Concordo, a dor emocional é bem mais dificil de suportar por não haver um “remédio”. Adorei.
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18 de julho de 2017 at 20:46
Olá!
Que reflexão profunda e linda.
“No fundo, a nossa ação busca a autoproteção no sentido de evitar a dor”, olha, concordo completamente com o que você disse. Estamos sempre no modo defensivo, e, sim, quando crescemos a dor é maior e bem mais significante. Porque crianças geralmente estão acostumadas com joelhos ralados (eu, pelo menos, vivia assim brincando na rua), e quando sara, nem lembram mais. No entanto, as desilusões da vida adulta são maiores, assim como o tempo de cicatrização.
A música é linda e ficou ainda melhor enquanto lia o seu texto.
Beijos!
https://aspasevirgula.wordpress.com/
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22 de julho de 2017 at 04:37
Eu nunca havia pensado nisso sabe, mas eu acho que isso acontece porque uma criança não tem uma capacidade de raciocinar como a gente, ela ainda está apreendo sobre as coisas da vida por isso não sofre como a gente depois de grande, bem acho que é isso kkkk Adorei a sua reflexão me fez lembrar de muitas coisas!!
-Abraços
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22 de julho de 2017 at 15:23
Linda a reflexão.
É isso mesmo, quem dera poder voltar a ser criança e chorar apenas pelos joelhos machucados..
A fase adulta é bem complicada.. e, quando eramos crianças nem fazia ideia disso..
Amei
http://levandoaseriio.blogspot.com.br/
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24 de julho de 2017 at 17:08
A dor no coração ao contrário da dor de um joelho ralado, além de doer mais, ela não sara com remédios. Bela reflexão!
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24 de julho de 2017 at 22:53
Que linda essa reflexão! Seria bom se coração partido curasse como um joelho ralado, com remédio e rapidamente. Quando crescemos o remédio mais receitado para a gente é o tempo.
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25 de julho de 2017 at 13:31
Cara, sendo sincero. Eu acho que o seu blog é um dos meus favoritos no momento. Eu leio os seus post e a minha mente vai a mil. Adoro suas reflexões. Um beijo e um queijo. Abraços.
https://diarioleitorblog.blogspot.com/
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25 de julho de 2017 at 20:43
Olá, tudo bem?
Ouvi essa música ontem e adorei de paixão. Muitos sentimentos instaurados em apenas uma canção, e quanto amor naquele timbre?!
Seu texto está envolvido de manchas reais. Como nós, seres humanos nos importamos com coisas fúteis e somos capazes de deixar nossas vontades e anseios em outra questão. Devemos valorizar nosso coração e bem estar. Machucar faz parte da vida. 🙂
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10 de agosto de 2017 at 00:53
Pior que não há pomadinhas para coração partido!
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11 de agosto de 2017 at 16:57
Muito bonito este texto, realmente a dor de quando somos crianças é muito mais fácil, passa em segundos com um beijinho da mãe.
Beijos
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11 de agosto de 2017 at 17:37
Que reflexão incrível, em pensar que sempre pedimos pra crescer e ser adultos, agora mais que nunca queremos voltar a ser crianças, viver a vida leve, sem se machucar com as coisas que nos sercam.
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11 de agosto de 2017 at 21:16
Oi! Que texto lindo, realmente um joelho ralado dói bem menos que um coração partido… quem nunca teve por um momento o desejo de voltar a ser criança? Ahhhh… era bem melhor…
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11 de agosto de 2017 at 22:34
Linda reflexão a sua. Eu sempre penso que só sofremos com o joelho ralado quando criança pois não sabemos o que teremos que aguentar quando adultos.
Beijos
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12 de agosto de 2017 at 18:32
Oi, Rodrigo, adorei tua reflexão! As dores da vida doem mais mesmo do que as físicas uma vez que fazem feridas em nossa alma e em nosso orgulho. O remédio a gente não compra na farmácia, só se consegue com a própria vivência.
Muito bom!
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18 de novembro de 2017 at 12:57
Aredent, filósofa judaico-francesa, disse que o sentido de nossa vida são dois: busca da felicidade e evitar, a qualquer custo, a dor. Seu texto me fez lembrar de quando estudei Ardent na universidade. Bela reflexão, e, de certo modo, se encaixa no que a filósofa pregou. Abraço e obrigado.
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