Novas relações, velhos sentimentos
As relações amorosas estão sendo transformadas. Na era da modernidade e do consumo, elas passaram a ser mais um produto. A mudança ocorre de maneira rápida e afeta todas as gerações. Atualmente não é mais necessário sair de casa para conhecer alguém. A internet possibilita a conexão entre as pessoas, e faz com que, através de aplicativos e sites de relacionamentos, a Web funcione como um dia a praça de sua cidade já foi. Ela já foi ambiente de interação social e capaz de iniciar relacionamentos que geraram novas famílias. O habito de homens e mulheres andarem em sentidos contrários na praça praticamente não existe mais. O processo de flerte era rudimentar se comparado aos dias atuais. Na praça, homens e mulheres usavam suas “armas”: olhar, um flerte, um sorriso. As artimanhas eram simples e singelas, assim como a ambição. A meta era encontrar alguém e seguir o “caminho natural” constituir família e ter filho. Atualmente a visão de mundo é outra. Não é que não existam pessoas que queiram o matrimonio, mas há novos elementos a serem ponderados. Os objetivos mudam em cada geração, e a vida profissional tomou uma preponderância. Apesar de o dinheiro ter tomado uma importância maior, ainda queremos ter um parceiro para dividir os momentos. No entanto, agora procuramos parceiros que estejam alinhados aos nossos objetivos. Desta maneira, tentamos viver como seres unicamente racionais se importam com a vida profissional e tentamos atingir sonhos pessoais. Outro traço que mudou e que tem a mesma importância é a individualidade. Somos estimulados ao individualismo, a nos sentirmos únicos. Apesar de toda essa mudança no relacionamento, há uma coisa que não muda: o sentimento, o amar. As relações são afetadas por diversos elementos do mundo contemporâneo, mas o sentimento permanece atemporal, e o sofrimento por ele provocado ainda é o mesmo. Muitos buscam relacionamentos efêmeros e casuais pensando serem imunes. A praticamente comumente chamada de “praticando o desapego” funciona perfeitamente na teoria, mas a prática comumente mostra-se bem diferente. Ao relacionar-se com alguém é inevitável a criação de um sentimento pela pessoa, de um carinho por ela. No inicio não é notado, mas é como se a outra pessoa fosse adentrando em nossa vida, e só notássemos isso quando ela não está mais presente. É nesse momento em que nos damos conta de que realmente havia um sentimento pela pessoa, mas pode ser tarde para recuperá-la. O sofrimento aparece, e em uma relação não existem indivíduos imunes aos sentimentos. O externo a nós é alheio as nossas vontades, é alterado dia após dia, hora após hora, minuto a minuto, mas os sentimentos permanecem inalterados. A maneira como as relações são iniciadas, desenvolvidas e terminadas podem ser alteradas, mas o sentimento, por hora, permanece o mesmo ao longo de nossa história.
17 de junho de 2017 at 13:56
Realmente meu caro amigo!
É importante valorizar as pessoas e seus sentimentos para conosco. Nos últimos dias aprendi que independente se amoroso ou de amigo, é para esse indivíduo que devemos depositar as nossas melhores falas e confiança, pois falhamos ao ficar tentando mostrar a quem não nos respeita o nossos sentimentos.
Enfatizo isso por experiências negativas no convívio secular.
Abraços mestre!
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17 de junho de 2017 at 17:50
Acho que nos dias de hoje, as pessoas se contradizem, pois da mesma maneira que tentam a teoria do desapego, não conseguem viver sozinhas…
Abraço!
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12 de julho de 2017 at 17:54
Olá !!
Sabe,concordo plenamente com você,apesar de ter “Pouca” idade e não ter vivido a época em que as pessoas não usavam a internet para conhecer outras pessoas,eu concordo que a tecnologia ao mesmo tempo que ela aproxima,também afasta. Infelizmente vivemos em uma época em que ser “desinteressado” é legal. Mas pra mim não existe coisa mais escrota que isso,se você gosta e quer estar com alguém pra que ficar pagando de desapegado(a)? Esse tempo que essa galera perde fazendo “joguinho” poderia ser gasto dando carinho, amor, amizade as pessoas. Infelizmente acredito que a tendencia é só piorar,quanto mais avanços tecnológicos, menos interações humanas 😦
bjs,adorei o post
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12 de julho de 2017 at 20:59
Que ponto de vista interessante sobre as novas formas de relacionamento em tempos modernos. Ainda acredito que, ainda que estejamos mais individualistas, o amor sempre prevalece. Beijos!
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12 de julho de 2017 at 21:08
Nós, humanos… Tentando parecer auto-suficientes, buscando a todo custo não se envolver com o outro, para evitarmos dores, mas acabamos sofrendo com a solidão. Dor maior ainda é quando percebemos esses mecanismos, saímos de uma visão comum sobre amor e relacionamentos, e de repente nos vemos sós, pois é raro encontrar quem compartilha da nossa visão… É raro encontrar quem COMPARTILHA… Sigamos em frente! Parabéns pelo blog! Abraços! Muita paz!
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12 de julho de 2017 at 21:36
Texto bastante esclarecedor, realmente é a realidade.
Mas é melhor ser racional do que se entregar a paixão, poid ela é burra.
Penso que até quando começamos um relacionamento, não devemos deixar de ser racional.
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12 de julho de 2017 at 23:42
A maneira de se encontrar novas pessoas pode ter mudado, mas os sentimentos ainda continuam os mesmos.
Beijos
Mari
Pequenos Retalhos
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13 de julho de 2017 at 01:08
Perfeito seu texto.
Você disse tudo! Ser racional deve ser sempre necessário!
Bjs
Suka
http://www.suka-p.blogspot.com.br
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13 de julho de 2017 at 06:47
Pois é hoje em dia acho que tudo dura pouco, as pessoas buscam a perfeição, seja nelas mesmas, seja no trabalho, no marido/mulher, seja na vida em geral. E como a perfeição não existe, há a tentação de fingir, iludir nós próprios e os outros.
Muitas relações amorosas já começam mal, com base nessas ilusões e fingimentos, depois claro que não vai funcionar.
Honestamente acho que os sentimentos estão mudando, pois o mundo está muito egoista e um amor verdadeiro e sincero nunca é egoista.
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13 de julho de 2017 at 19:57
Muito bom o texto!!! Hoje as relações são efémeras, e tudo parece ser muito frágil. Qualquer opinião contrária é alvo de inimizades, de agressões e até de intrigas. Imagina no amor? Que amor? Acho que antes devemos refletir sobre nós mesmo.. da nossa relação intima para depois conseguir amar o próximo. Parabéns, beijos.
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10 de agosto de 2017 at 00:58
Ninguém nasceu para ficar sozinho…
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